quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

União Europeia: Crise de solução ou Solução para a crise?



Esta é, decididamente, uma pergunta com que nos deparamos e que, julgo eu, ser relevante para o que hoje vivemos. Afirmamos, frequentemente, que a ‘culpa’ da actual crise social, económica e financeira é da tão famosa Troika ou da própria União Europeia (UE).

Como verificado em várias cimeiras europeias, a UE não tem sido eficaz a curto prazo. Deparemo-nos, no entanto, com esta realidade: Que políticas pode, por exemplo, Portugal adoptar sem o conhecimento e respectivo aval da UE? A resposta parece-me evidente. Esta é realidade e é com ela que temos que viver e seguir em frente.

Vivemos num mundo extremamente globalizado e, mais importante do que isso, num mundo ligado, no contexto em que um Estado não tem capacidade, nem mesmo, atrevo-me a dizer, legitimidade para adoptar políticas de forma unilateral.

A verdade é que a UE adoptou um modelo de governação nunca antes conhecido: a Integração. É este o caminho que os 27 (28 a 1 de Julho de 2013) Estados-Membros se comprometeram a seguir e a auxiliar.

Afirmo que a UE deve ser encarada como uma solução para a crise actual, não obstante a ter um longo e difícil caminho pela frente. Defendo esta posição com, essencialmente, dois argumentos:

1.      Actualmente, um Estado-Membro da UE não tem capacidade para enfrentar uma crise desta natureza, ou seja, com repercussões a níveis social, político, económico e financeiro;

2.      Assistimos à emergência de ‘potências’ como o Brasil, a Índia, a China, entre outras, com um aspecto em comum: a elevada dimensão territorial. Se a UE quer juntar-se a este ‘grupo de elite’, deve unir-se, não como pequenos Estados com ideais antigos e desadequados aos dias de hoje, mas sim como uma unidade política coesa.

Encaremos a realidade tal como está imposta neste momento e saibamos dar a volta, procedendo a algo inovador. Que se construa uma Europa Unida!

Nuno Lopes

Um comentário:

  1. Longe vão os tempos em que os Estados europeus se podiam dar ao luxo de alimentar rivalidades entre si! Nos dias de hoje, se a Europa se quiser continuar a afirmar como uma potência digna desse nome, é preciso que os Estados ponham de lado orgulhos nacionais e patriotismos (até porque isso já passou de moda) e comecem a pensar como é que podem agir numa só voz! Como se costuma dizer, "a união faz a força!"

    ResponderExcluir