Esta é, decididamente, uma
pergunta com que nos deparamos e que, julgo eu, ser relevante para o que hoje
vivemos. Afirmamos, frequentemente, que a ‘culpa’ da actual crise social,
económica e financeira é da tão famosa Troika ou da própria União Europeia (UE).
Como verificado em várias
cimeiras europeias, a UE não tem sido eficaz a curto prazo. Deparemo-nos, no
entanto, com esta realidade: Que políticas pode, por exemplo, Portugal adoptar
sem o conhecimento e respectivo aval da UE? A resposta parece-me evidente. Esta
é realidade e é com ela que temos que viver e seguir em frente.
Vivemos num mundo extremamente
globalizado e, mais importante do que isso, num mundo ligado, no contexto em
que um Estado não tem capacidade, nem mesmo, atrevo-me a dizer, legitimidade para
adoptar políticas de forma unilateral.
A verdade é que a UE adoptou
um modelo de governação nunca antes conhecido: a Integração. É este o caminho
que os 27 (28 a 1 de Julho de 2013) Estados-Membros se comprometeram a seguir e
a auxiliar.
Afirmo que a UE deve ser
encarada como uma solução para a crise actual, não obstante a ter um longo e
difícil caminho pela frente. Defendo esta posição com, essencialmente, dois
argumentos:
1. Actualmente, um Estado-Membro da UE não tem
capacidade para enfrentar uma crise desta natureza, ou seja, com repercussões a
níveis social, político, económico e financeiro;
2. Assistimos à emergência de ‘potências’ como o
Brasil, a Índia, a China, entre outras, com um aspecto em comum: a elevada
dimensão territorial. Se a UE quer juntar-se a este ‘grupo de elite’, deve
unir-se, não como pequenos Estados com ideais antigos e desadequados aos dias
de hoje, mas sim como uma unidade política coesa.
Encaremos a realidade tal como
está imposta neste momento e saibamos dar a volta, procedendo a algo inovador.
Que se construa uma Europa Unida!
Nuno Lopes
Longe vão os tempos em que os Estados europeus se podiam dar ao luxo de alimentar rivalidades entre si! Nos dias de hoje, se a Europa se quiser continuar a afirmar como uma potência digna desse nome, é preciso que os Estados ponham de lado orgulhos nacionais e patriotismos (até porque isso já passou de moda) e comecem a pensar como é que podem agir numa só voz! Como se costuma dizer, "a união faz a força!"
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