segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um Óscar em vez de um Nobel – Pós Zés


Porque ontem foi noite de Óscares e não poderia ficar indiferente à atribuição de prémios, por vezes esquecemo-nos de valorizar o trabalho e esforço de certas pessoas que foram sem dúvida influentes em determinadas situações. Aos que têm o Estado no bolso, o Governo no coração e a Nação no esquecimento cá vai os meus vencedores:

Melhor Actor
Sem dúvida que o vencedor é o Seguro. Subitamente esqueceu-se que a actual situação do Estado Português deve-se ao facto de um camarada seu ter sido primeiro-ministro. Esqueceu-se isto é, era o seu papel enquanto líder de uma estrutura partidária, desfragmentada e utópica que ainda aspira a ser a mandante de um Governo e que se descredibiliza a cada legislatura socialista que passa, para que os camaradas que ainda restam continuem a apoiá-lo como se não houvesse outro qualquer militante mais capaz de dar um rumo mais concreto àquilo que poderia ser uma alternativa ao actual governo. Defende-se o impensável e o indefensável como se tudo isso fosse uma mera conversa sem importância, mas, convicto que a pressa é inimiga da imperfeição, lá continua a demonstrar o quão bom é a representar na cena política nacional.

Melhor Actor Secundário
António Costa, para sempre. Será sempre a alternativa a qualquer líder do Partido Socialista, contudo poderá não passar disso mesmo, para infortúnio daqueles que o usam como um andor de interesses que não sejam somente circunscritos ao Município de Lisboa. Tem um “timing” excelente e consegue ser um desestabilizador nato sem que para isso seja preciso fazer muito, com tão poucos camaradas, todos nós louvamos tais investidas, mais não seja para perceber que a união socialista é uma autêntica miragem. Esperamos que ele não desanime e continue a ser a voz irreverente que tanto assombra qualquer noite de sono de qualquer outro líder socialista, a não ser que seja alguém que se chame Zé Sócrates. Lisboa estará sempre pronta a dar guarida à tão ilustre figura, ninguém pode desprezar a sua irreverência e muito menos a sua solidão porque todos nós temos esses momentos.

Melhor Argumento
Não há vencedores, contra factos não há argumentos.

Melhor Realizador
A Esquerda Portuguesa e os Parceiros Sociais são inequívocos vencedores após sucessivas manifestações, umas mais folclóricas que outras, sempre com um cuidado exímio de tentar demonstrar que nada têm a ver com qualquer acção organizada, remetendo os louros sempre para o povo português quer para o bem, quer para o mal desses mesmos actos. Arremessam pedras e tantas outras coisas, mas tudo isso são efeitos visuais que iludem quem vê, especialmente no que toca à multiplicação de pessoas.

Luís Freitas

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