sábado, 23 de fevereiro de 2013

Estado (anti)Social


Antes de mais, devemos definir se queremos, mesmo, ter um Estado Social ou um Estado Regulador com o Apoio Social, de forma  a que sejam eliminadas assimetrias, dando as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da pessoa humana.
O orçamento anual do governo, nacional e das respectivas regiões  autónomas, é uma balança delicada de - créditos e débitos,  pelo lado negativo,  e das receitas dos impostos cobrados a população, pelo lado positivo. Temos conhecimento que o défice há vários anos tem sofrido um aumento exponencial, porque esse é depois reconvertido em crédito nos mercados financeiros, e como resultado vamos já com 122% da dívida do PIB.
E qual é o grande problema neste momento na nossa sociedade? Mesmo que choque, é de falta de receita! A economia há vários anos tem crescido desproporcionalmente em relação aos sucessivos défices anuais, e, neste momento, está mesmo em recessão, isto resulta numa diminuição real do PIB. O que, sordidamente, faz os sonhos dos políticos à esquerda no parlamento, apresentando gráficos sobre a dívida, deveras engraçado. E penso que esta a chave para tudo, temos de arranjar receitar, a chave principal deve ser numa economia sustentável. Não me venham mais com rendimentos mínimos garantidos, ou cantinas sociais, temos de arranjar forma a que as pessoas estejam empregadas. Mesmo com redução dos salários de entrada na carreira, fazendo horários mais curtos de trabalho e menos pesados. Em vários serviços poderá representar mesmo um aumento de qualidade, como na educação, com turmas mais pequenas, na saúde sem tanta “fila de espera”.
Não podemos deixar as pessoas em casa a entrarem em depressão, com rendimentos garantidos mínimos, tantas vezes injustos, ora por serem medíocres, ora por serem injustos em consequência da deficiente fiscalização em atividades laborais na economia paralela.
É humilhante as pessoas terem de deslocar-se a cantinas sociais para terem a sua refeição do dia-a-dia. Estamos a caminhar para a miséria, sem nenhuma visão de crescimento. O emprego é o mais básico dos direitos, ser-se inútil é o mais pesado dos fardos. E para que este cenário não seja depressivo, para que quem sofra o desemprego e não o sinta como um fardo, não pode exigir mais da república.
Mas não podemos esquecer que há uma grave falta de receita, tanto com impostos diretos sobre os trabalhos, indiretos sobre o consumo e taxa social, é insustentável para o Estado suportar e financiar a sobrevivência das pessoas sem qualquer retorno, e sabemos que poderemos dar algo mais que uma simples pensão de sobrevivência. Podemos dar trabalho mínimo, com salário mínimo. É um + e – na balança, mas é melhor que o - - - do resultado do – imposto direto cobrado, - subsidio entregue, - receita na economia pelo aumento dos impostos, que irá apenas resultar em + recessão. Matematicamente, creio que as contas não têm volta a dar, ou tentamos quebrar a recessão ou a percentagem da dívida sobre o PIB, vai sacrificar-nos para escravatura aos credores.
A social-democracia é o melhor da esquerda e o melhor da direita, neste momento temos de olhar para nós, como que se só de nós dependêssemos sem jogar para o lixo a solidariedade de princípios para à dignidade da pessoa humana.
Por nós, para todos nós, é assegurar que os mais fracos têm um braço amigo que os agarre, que os puxe para cima, pode não ser o que desejaríamos, mas recuso-me a alimentar a miséria!

Emanuel Vieira
“O socialismo é uma filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja, sua virtude inerente é a distribuição igual da miséria.” - Winston Churchill

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